Minha viagem ao Uruguai !
- Mirante
No dia 16 de dezembro de 2009 foi inaugurado um mirante com visão de 360º no Morro da Borússia. O mirante é uma plataforma de 50 metros quadrados, garantindo uma visão privilegiada da faixa litorânea, do parque eólico e do complexo das lagoas, além da parte posterior do morro.
Diante celebração do Tratado de El Pardo (1761), que, na prática, anulava o de Madrid (1750), o governador e capitão-general da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade (1733-1763), antecipou as conseqüências do mesmo para a região Sul, que conhecia bem. Ordenou assim ao governador da Colônia do Rio Grande de São Pedro, Coronel Elói Madureira, o envio imediato de tropas de Laguna para a Linha de Castillos Grande, determinando o mesmo ao Tenente-coronel Tomás Luís Osório, comandante das tropas de Cavalaria do Regimento dos Dragões, e do Forte Jesus, Maria, José do Rio Pardo.
Reunindo pouco mais de mil homens, a estratégia portuguesa era a de construir rapidamente uma linha defensiva fortificada, ao Sul do Forte de São Miguel no arroio Chuí, para deter a invasão espanhola em progresso, após a conquista da Colônia do Sacramento (Outubro de 1762) pelo governador da Província de Buenos Aires, D. Pedro de Cevallos, à frente de cerca de três mil homens reunidos em Maldonado.
Osório fez iniciar às pressas uma fortificação de campanha (Dezembro de 1762), guarnecendo-a com cerca de quatrocentos homens eartilhando-a com algumas peças de pequeno calibre. O lugar escolhido foi o desfiladeiro de Angostura perto do monte de Castillos Grande, fechando o caminho terrestre junto ao litoral, de quem vinha da Colônia do Sacramento para a vila do Rio Grande.
Zeballos tomou o Forte de Santa Teresa ainda em construção (Abril de 1763), aprisionando o Tenente-Coronel Osório, com pouco mais de cem homens da guarnição, conduzidos para Maldonado. Prosseguindo a marcha para São Pedro do Rio Grande, no mesmo mês tomou oForte de São Miguel, vizinho ao Arroio Chuí.
Ocupações |
1762 - 1763: (6 meses) Portugal |
1763 - 1811: (48 anos) Espanha. |
1811 - 1812: (16 meses) Exércitos patriotas |
1812 - 1814: (2 anos) Portugal |
1814 - 1816: (18 meses) Exércitos patriotas |
1816 - 1822: (6 anos) Portugal |
1822 - 1825: (3 anos) Brasil |
1826 - 1827: (3 meses) Exércitos patriotas |
1827 - 1828: (3 meses) Brasil |
Desde 1828: República Oriental del Uruguay |
História de Montevidéu | |
Montevidéu foi fundada pelo Governador e Capitão General do Río de la Plata, Dom Bruno Mauricio de Zabala.
O processo fundacional da cidade inscreve-se entre 1724 e 1726, período durante o qual começaram a chegar os primeiros povoadores provenientes de Buenos Aires e das ilhas Canárias.
Existem ao menos duas explicaçõess sobre a origem do nome Montevidéu: a primeira sustenta que o nome provém da expressão em português "Monte vide eu", frase pronunciada por um marinheiro anônimo pertencente à excursão de Fernando de Magallanes ao avistar o Cerro de Montevidéu.
A segunda diz que os espanhóis registraram a localização geográfica em um mapa como "Monte VI De Leste a Oeste". |
San Felipe y Santiago de Montevideo | |
O traçado da cidade, que no início foi chamada de San Felipe y Santiago de Montevideo, foi realizado por Pedro Millán.
Os quarteirões foram delineados conforme as Leis das Índias, em meio rombos em ângulos retos.
A cidade estava toda cercada por um muro encontrando-se a Ciudadela no que hoje é a parte ocidental da Plaza Independencia. A Ciudadela de MontevidéuA Ciudadela, que demorou 40 anos para ser construída totalmente, era uma formidável fortificação de pedra conformada por uma grande praça de armas rodeada por altas e espessas muralhas, com altas torres em forma de rombo a cada canto, onde era possível colocar poderosas peças de artilheria.
Estava cercada por um fosso de enorme largura e profundidade, que podia ser inundado pelo mar, cruzado por uma ponte levadiça na direção da cidade. |
Atualmente, só é possível ver um pequeno fragmento de seus muros, nas proximidades do Teatro Solís.
Alguns dos túneis que comunicavam a Cidadela com as fortificações vizinhas ainda permacem sob o solo, obstruídos.
A arquitetura da época colonial conserva-se em algumas construções da Ciudad Vieja, e respondem ao Neoclássico espanhol. |
Montevidéu era sede do poder espanhol e da sociedade hierarquizada em raças e classes. Comerciantes, emprestadores, fazendeiros absentistas e altos funcionários, conformavan uma classe alta que cheirava ainda as humildes origens de sus ancestros canários, bascos e catalães.
Varejistas, taberneiros, militares e funcionários de baixo escalão, e artesãos, faziam parte do que seria um esboço da classe média. Por debaixo de todos, o terço da população era negra e escrava.
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Colonia del Sacramento
Antecedentes
Alguns anos após o Descobrimento do Brasil, uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa chegou com suas caravelas até ao Estuário do Rio da Prata, com a missão de colocar marcos de posse portuguesa na margem esquerda da foz daquele rio, tendo, entretanto, sido incapaz de completá-la em razão do naufrágio de sua embarcação.
A Colônia do Santíssimo Sacramento
A Coroa Portuguesa expressou novamente os seus interesses em estender as fronteiras meridionais de sua colônia americana até ao rio da Prata quando determinou ao governador e capitão-mor da capitania do Rio de Janeiro, D. Manuel Lobo (1678-1679), que fundasse uma fortificação na margem esquerda daquele rio. Desse modo, com o apoio dos comerciantes do Rio de Janeiro, desejosos de consolidar os seus já expressivos negócios com a América Espanhola, em fins de 1679 a expedição de D. Manuel Lobo partia de Santos, alcançando a bacia do Prata em Janeiro do ano seguinte. A 22 desse mesmo mês, as forças portuguesas iniciaram o estabelecimento da Colônia do Santíssimo Sacramento, fronteiro a Buenos Aires, na margem oposta. O núcleo desse estabelecimento foi uma fortificação simples, iniciada com planta no formato de um polígono quadrangular.
A resposta das autoridades espanholas foi imediata: em poucos meses o governador de Buenos Aires, José de Garro, reagiu, e o núcleo português foi conquistado por tropas espanholas e indígenas, na noite de 7 para 8 de Agosto desse mesmo ano, episódio conhecido como Noite Trágica.
Através de negociações diplomáticas, a posse da Colônia foi devolvida a Portugal pelo Tratado Provisional de Lisboa (7 de maio de 1681), pelo qual a Coroa Portuguesa se comprometia a efetuar apenas reparos nas fortificações feitas de terra e se erguessem abrigos para o pessoal. Ficavam impedidas a construção de novas fortalezas e de edifícios de pedra ou taipa, que caracterizariam uma ocupação permanente.
A 23 de janeiro de 1683 uma nova esquadra portuguesa tomou posse da Fortaleza de São Gabriel, tendo os portugueses se mantido na Nova Colônia do Sacramento até 1705, quando a Espanha os dominou até 1715. Além da finalidade bélica, o estabelecimento da Colônia atendia aos interesses do setor mercantil da burguesia portuguesa, interessada em recuperar o acesso ao contrabando no rio da Prata: o intercâmbio com Buenos Aires, acobertado legalmente pelo privilégio do asiento. A supressão do monopólio português de fornecimento de escravos africanos em 1640, cortara a possibilidade de envio, para a América Espanhola, de produtos brasileiros como o açúcar, o tabaco, o algodão, além de manufaturas européias, em troca da prata peruana. Adicionalmente, havia interesse em diminuir a concorrência platina aos couros brasileiros no Rio de Janeiro, além de estabelecer um marco fronteiriço que servisse de meta para alcançar por terra o rio da Prata.
Nesse contexto, era importante encontrar uma solução para a crise econômica portuguesa da segunda metade do século XVII (ante ao declínio do preço do açúcar no mercado, a pressão dos interesses comerciais da burguesia inglesa para garantir acesso ao mercado de produtos ingleses e a perda das colônias do Oriente), pelo acesso às regiões mineiras hispano-americanas por Buenos Aires - pretensão impedida pelo monopólio espanhol.
Dessa forma, a Colônia transformou-se em um dinâmico centro de contrabando anglo-português. A fundação da Colônia e a abertura de mercado consumidor de gado, couro e carne salgada nas Minas Gerais, e gado muar posteriormente, determinaria o desenvolvimento da pecuária na Capitania do Rio Grande de São Pedro.
Inaugurando as postagens,adorei as fotos.
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