Quanto vale o que você sabe?
Gilberto Dimenstein
Um site criado em Nova York, batizado de Skillshare (compartilhamento de habilidades) virou notícia nesta semana na imprensa americana porque conseguiu atrair milhões de investidores. O que eles fizeram foi convidar as pessoas a vender suas habilidades. Qualquer habilidade: fazer doces, pintar, cantar, desenvolver programas de internet, ensinar mandarim.
O projeto cresceu, e muita gente redescobriu a utilidade em algo que sabe fazer bem e quase não era explorado. Muito menos dava dinheiro. Viu-se também a possibilidade de localizar alguém próximo, morando talvez na mesma rua.
Esse tipo de experiência, com êxito comercial, é uma interessante dica educacional, desfocando o processo de aprendizagem de sala de aula e aproveitando os talentos espalhados pela cidade. Toda a cidade torna-se uma comunidade de aprendizagem.
É exatamente minha aposta para onde vai a educação do futuro, na qual mais gente do que se imagina pode ser aluno e professor por tempo indefinido.
Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.
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