Oliveira (Minas Gerais)



População 39 469 hab. Censo IBGE/2010[3]
Densidade 44,03 hab./km²
Clima Tropical de Altitude [[Classificação climática de Köppen-Geiger|Cwb (19,54ºC)]]
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,770
médio PNUD/2000 [4]
PIB R$ 315 890,867 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 8 086,70 IBGE/2008[5]
Outras informações Ficha técnica
CEP 35540-000
Padroeiro Nossa Senhora de Oliveira
Vínculo diocesano Diocese de Oliveira
Comarca Oliveira
Vereadores 9
País Brasil
Macrorregião Sudeste
População Economicamente Ativa 17.642
Índice Gini 0,43

Oliveira é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, localizado a 165 quilômetros a sudoeste de Belo Horizonte e que possui 39.469 habitantes segundo o censo populacional de 2010 do IBGE

Sua história começa por volta da metade do século XVI, quando viajantes portugueses pousavam em suas terras nas longas caminhadas rumo a Goiás, através da Picada de Goiás, ou Caminho de Goiás. Do pequeno povoado surgiu a cidade, que na época do Império do Brasil tinha muita importância política e hegemonia regional.

Há relatos que um surto de doenças na região de Mariana tenha provocado um grande deslocamento de pessoas para a cidade também. O arraial de Oliveira pertencia à Vila de São José do Rio das Mortes, a atual Tiradentes (Minas Gerais) e já possuía uma capela em 1758. O arraial foi elevado à condição de freguesia em 14 de julho de 1832, e elevada à condição de Vila, em 16 de março de 1839 pela lei provincial nº 134. Foi elevada à categoria de cidade em 19 de setembro de 1861. Diferentemente de suas circunvizinhas, como Ouro Preto e São João Del Rei, seu aparecimento não se deu pela procura de ouro e diamante, e sim pelo desenvolvimento da pecuária e agricultura, iniciada pelos primeiros bandeirantes que começaram a se deslocar do Rio de Janeiro e São Paulo para o interior de Minas Gerais.

O grande perigo na região da Oliveira, mais precisamente na região de Candeias e Campo Belo, que antigamente fazia parte do quadro municipal, na Picada de Goías, eram os quilombos e quanto a violência praticada pelos quilombos e quilombolas, Luiz Gonzaga da Fonseca, no seu livro "História de Oliveira", na página 37, descreve o caos provocado no Caminho de Goiás, a Picada de Goiás, pelo quilombolas do Quilombo do Ambrósio, o principal quilombo de Minas Gerais:

"Não há dúvida que esta invasão negra fora provocada por aquele escandalosa transitar pela picada, e que pegou a dar na vista demais. Goiás era uma Canaã. Voltavam ricos os que tinham ido pobres. Iam e viam mares de aventureiros. Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos. Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas, miçangas, tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de senzalas e de comboios em marcha, unidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes dos extintos cataguás, foram se homiziando em certos pontos da estrada ("Caminho de Goiás" ou "Picada de Goiás"). Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos quilombolas do Rio das Mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de pilhar o que conduziam. Roubavam tudo. Boiadas. Tropas. Dinheiro. Cargueiros de mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro). E até os próprios comboios de escravos, matando os comboeiros e libertando os negros trelados. E com isto, era mais uma súcia de bandidos a engrossar a quadrilha. Em terras oliveirenses açoitava-se grande parte dessa nação de “caiambolas organizados” nas matas do Rio Grande e Rio das Mortes, de que já falamos. E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território (de Oliveira (Minas Gerais) e região). Entre os mais perigosos bandos do Campo Grande, figuravam o quilombo do negro Ambrósio e o negro Canalho.[9]"

Do início do povoado até a sua elevação a categoria de cidade, o município sempre se destacou como um ponto estratégico de troca de mercadorias e giro de dinheiro por partes dos viajantes que por ali passavam, o que fez com que em pouco tempo o lugar tivesse rápido crescimento. Com o fim da escravidão no Brasil e o incentivo do governo para a imigração, vieram para a cidade muitos colonos sírio-libaneses, que mais tarde dominaram o comércio. Além desses a cidade tem uma forte influência portuguesa, principalmente na arquitetura, e italiana.

Existem duas versões quanto à origem do nome do Arraial de Oliveira. Há relatos que os primitivos habitantes da região encontraram naquelas paragens, na época do desbravamento do oeste, algumas árvores frutíferas produtoras da azeitona, levando-os a denominar o local de "Oliveiras", nome que, posteriormente, acabou simplificado para Oliveira. Porém, existiu também na distante segunda metade do século XVIII, uma bondosa senhora de origem portuguesa, chamada de Dona Maria de Oliveira, que morava, na época da passagem das primeiras levas de desbravadores, rumo a Goiás, numa casa situada no local onde hoje se impõe a montesa cidade de Oliveira. Assim esta teria dado nome ao lugar. A cidade ficou mundialmente conhecida a partir do início do século XX por ser a terra natal do grande cientista Carlos Chagas, que nasceu na Fazenda Bom Retiro, próxima a Oliveira, e foi o descobridor do agente causador da Doença de Chagas.

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