Meditação e Assertividade

ASSERTIVIDADE - É a capacidade de expor de maneira clara – e sem máscaras – o que se pensa, sente ou quer.
MEDITAÇÃO - Uma prática que nos faz Estar 100% presente e centrado no seu próprio eixo. Um estado de relaxamento e diálogo interno, que traz clareza, serenidade e lucidez.

Existem pessoas que encarnam com uma natureza por demais flexível e necessitam praticar a meditação para serem mais assertivas na razão (trabalhar o enraizamento e os pés no chão).
Existem pessoas que encarnam com uma natureza por demais rígida e necessitam trabalhar a meditação para serem mais flexíveis e assertivas no coração (trabalhar a sensibilidade e o emocional).

Mas tenha você a natureza que tiver, a meditação e a assertividade são o caminho e a chegada.
Veja o texto abaixo extraído do Boletim informativo do Centro de Tratamento Bezerra de Menezes - jul-ago/2002 e saiba mais.

1. O QUE É ASSERTIVIDADE
É falar e agir com sinceridade, sem inibição, temor ou agressividade. É ser claro e afirmativo, sem deixar dúvidas sobre o que pensamos e sentimos, porém, sem agredir ou provocar incômodo demasiado na outra pessoa. Assim, assertividade é a arte de defender nosso espaço vital, nosso mundinho particular, sem recuar e sem agredir.
Nem sempre é fácil nos expressarmos dessa forma porque, desde pequenos, nos ensinaram que a passividade , a omissão e até mesmo a submissão, em alguns casos, seriam nossas aliadas para viver em paz e longe dos conflitos. Essa cultura é o maior obstáculo para que adotemos atitudes assertivas no nosso dia-a-dia. A assertividade é tida como a mais eficaz forma de defesa do nosso espaço vital.

2. NÃO: A PALAVRA MAIS PERIGOSA
O não representa a quebra de uma expectativa. Ninguém gosta de ouvir um não, porque não é rejeição, e ninguém gosta de ser rejeitado. Nós não somos educados para aceitar a rejeição como uma circunstância normal da vida. Dizer não é sempre arriscado, embora, muitas e muitas vezes, seja necessário, imperioso, urgente, adequado e conveniente.
O grande segredo é aprender a dizer não e aprender a ouvir não, porque a forma de dizer e a forma de ouvir podem fazer a diferença entre o prazer e o desencanto, entre a harmonia e o conflito.
O ser humano precisa aprender a conviver com o não como uma contingência natural do convívio e, a partir dessa regra, jogar o jogo da vida com as cartas de que dispõe.

3. PERFIL DE UMA PESSOA ASSERTIVA
1. Expressa seus sentimentos com espontaneidade, naturalidade e calma.
2. Adota uma posição clara e transparente, sem disfarces ou máscaras.
3. Diz sim ou não como decorrência de análise imparcial e jamais tendenciosa.
4. Enfrenta o problema e não a pessoa; seu foco é o fato e não o agente do fato.
5. É firme, quando necessário, sem ferir ninguém.
6. Sabe ser flexível, sem abandonar seu espaço vital nem invadir o do outro.
7. Faz valer os seus direitos sem, contudo, negar os direitos dos outros, que considera tão importantes quanto os seus.

4. PRINCÍPIOS DA ASSERTIVIDADE
A postura assertiva fundamenta-se nos seguintes princípios:
1. Na qualidade da comunicação interpessoal.
2. Na aceitação das limitações do outro, sem agressividade.
3. No respeito ao posicionamento do outro.
4. Na confiança entre as partes.
5. No reconhecimento das reais intenções do emissor e do receptor da mensagem.

5. A PESSOA NÃO ASSERTIVA
- Costuma dizer sim quando gostaria de dizer não.
- Teme ou receia desagradar as pessoas com quem tem contato, para evitar conflitos.
- Omite suas opiniões em discussões para não pôr seu espaço em risco.
- Só pensa na resposta depois que a oportunidade passou; a ficha cai tarde demais.
- Se for agressiva, pode responder muito vigorosamente, com rispidez, causando forte impressão negativa e, mais tarde, arrepender-se de ter agido assim.
- Passa pela vida cheia de inibições, cedendo à vontade alheia e acaba guardando desejos e sonhos sem jamais tentar realizá-los.


Pois é, todos temos dificuldades para sermos assertivos. Afinal a sociedade nos cobra tantos papéis e resultados, que inegavelmente acabamos por nos sentir internamente insatisfeitos com as nossas respostas e atitudes diante da vida. Aliás, qual é mesmo a nossa vida? Quem sou eu mesmo?

Tendemos a nos odiar quando exageramos na rigidez e no fundo gostaríamos de ser mais tolerantes e pacientes, ou quando somos por demais permissivos e não sabemos colocar os nossos limites ou valores.

Mas, o primeiro passo é PERCEBER que não estamos sendo honestos ou verdadeiros para conosco. Trata-se do reconhecimento interno = não estou feliz com as minhas respostas e relações.
- O segundo passo é QUERER ser mais verdadeiro e presente com as nossas reais respostas aos estímulos da vida. Ou seja, querer saber: Quem sou eu? O que eu quero mesmo?
- O terceiro passo é ESTAR ALERTA para com estes momentos falhos, onde não conseguimos ser assertivos. E nestes momentos, ser muito amoroso e compassivo, para que aconteça o próximo passo. É fundamental estar maduro para provocar a cura, e nunca rebelde, agressivo ou intolerante.
- O quarto passo é ter a CORAGEM e DETERMINAÇÃO para:
1) Manter este estado de alerta e,
2) Neste estado, trabalhar diariamente na transformação desta programação falha, que nos faz sentir insatisfeitos para conosco, justamente porque não estamos conseguindo ser assertivos.

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