Museu Oscar Niemeyer



Marc Riboud é autor de algumas das fotografias mais conhecidas no mundo, a exemplo daquela na qual uma mulher com uma flor nas mãos enfrenta soldados com baionetas, em 1967, em Washington, durante uma manifestação contra a guerra do Vietnã.

Outras duas, captadas em 1953 na capital da França, também estão presentes no imaginário mundial: uma mostra um pintor que parece dançar na Torre Eiffel e a outra, uma freira que flerta um taxista.

A diretora do Museu Oscar Niemeyer, Estela Sandrini, afirma que o fotógrafo soube apreciar em seus itinerários o calor e a elegância das relações humanas. “Riboud segue movido pela curiosidade e generosidade de compartilhar o que viveu, viu e revelou”, diz Estela.

Sem nenhuma proteção, o pintor da Torre Eiffel desafia a vertigem (Paris, França, 1953)


Em frente ao Pentágono, uma jovem americana enfrenta com uma flor as baionetas dos militares durante uma passeata contra a guerra do Vietnã (Washington, EUA, 1967)
 
Riboud nasceu em Lyon, em 1923, e é fotógrafo desde os 14 anos. Viajou o mundo e registrou imagens na Índia, nos Estados Unidos, no Vietnã, na China e, em 2009, esteve no Brasil. Integrou a Magnum, a lendária agência na qual também atuaram Henri Cartier-Bresson e Robert Capa.

“Nas fotos em preto e branco, Riboud compõe com o claro e o escuro e apenas em um segundo momento os personagens entram em cena. Já nas imagens coloridas parece que ele 'perdoa' o preto e branco para, então, escrever com a luz incorporando todas as cores”, afirma a diretora do MON.

Marc Riboud, exposição realizada em parceria com Aliança Francesa de Curitiba, fica em cartaz até 11 de dezembro. “E não se trata de uma mostra isolada. Afinal, a Aliança Francesa de Curitiba vem promovendo continuamente conteúdos de autores expressivos na capital paranaense, a exemplo da exposição 'Paris à Noite', do fotógrafo Brassaï, que também ficou em cartaz em julho e agosto de 2011 no MON”, diz o presidente em exercício da entidade, Sérgio Bruel.

Estas janelas chinesas dão para a Liu Li Chang, a rua dos antiquários, em Pequim. Nessas lojas, durante a Revolução Cultural, os Chineses entregavam suas jóias para o Estado, sem contrapartida (Pequim, China, 1965)
 
 
Em Bratislava, um cartaz rasgado por um transeunte (Bratislava, Eslováquia, 1995)
 
 
 
 
 
Toda a arte de Gaspar Gasparian (1899-1966) poderá ser conferida no Museu Oscar Niemeyer (MON).
 
O autor se tornou um dos grandes nomes da fotografia brasileira e se notabilizou por clicar em preto e branco. Ele nasceu, cresceu, viveu e morreu em São Paulo e, como poucos, captou com as suas lentes muitas das possibilidades da vida paulistana.

“Gaspar Gasparian foi um artista que conseguiu escrever com a luz e, entre um e outro segundo, captou, recortou e eternizou cenas que, não fosse pelo seu clicar, passariam despercebidas e se desmanchariam no ar”, afirma a diretora do Museu Oscar Niemeyer, Estela Sandrini.




A capacidade de eternizar o tique-taque cotidiano, a exemplo do que diz Estela, poderá ser visto pelo público nas 139 fotografias que estarão na Sala Guido Viaro, no MON.

“Gasparian atravessou décadas completamente imbuído do ato de ver aquilo que os outros veem dando forma a um outro mundo que também poderá vir a ser de ilusões, de poesia ou de transformações”, diz Diógenes Moura, curador dessa mostra, realizada em parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo.






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