Uruguai em 2012, terceiro dia, São José do Norte, Rio Grande ao Chuí...




A travessia de São José do Norte se faz em uma balsa, uns 20 minutos, R$ 4,60, é a mesma empresa que faz Guaratuba, a F Andreis.


Depois escrevo sobre a cidade de Rio Grande, o que impressiona a o Taim.


Situada no Estado do Rio Grande do Sul, compreendendo partes dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico, próximo do Arroio Chuí, na fronteira do Uruguai, encontramos a Estação Ecológica do Taim, com uma área de 32.038ha. Um dos principais motivos que levaram à criação da Estação Ecológica do Taim em 21.7.86, pelo decreto n2 92.963, foi o fato de esta área ser um dos locais por onde passam várias espécies de animais migratórios vindos da Patagônia.



A simples utilização da estação como área de descanso, de crescimento ou nidificação torna-a ainda mais importante pois para as espécies migratórias a destruição de uma área na rota de migração pode colocá-las em risco de extinção. Na parte norte da estação, há uma pequena floresta com área de 10 ha, que constitui uma verdadeira preciosidade ecológica. As árvores dominantes são a figueira nativa (Ficus organensis) e a corticeira (Erythrina sp) das quais pendem barbas-de-velho que causam efeito decorativo. Nas árvores há também lindas orquídeas, sendo a principal a Cattleya intermédia.

No banhado, que constitui a maior parte da Estação domina o junco (Sairpus ca/ifornicus). Estão presentes, também, plantas que bóiam nas águas como o aguapé (Eichornia crasnpes) e a Pistia stratiotes, a erva-de-santa-luzia, além de gramíneas diversas. Dentre estas foram assinaladas a Paspalum e a Spartina de porte elevado, que ocupa grandes áreas do banhado. Muitas delas oferecem refúgio para diversas espécies de aves e mamíferos.

A Estação Ecológica do Taim tem uma variadíssima fauna. O jacaré-de-papo-amarelo (Caiman /atirostris) está incluído nas listas nacionais e internacionais dos animais ameaçados de extinção. A principal ave é o cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus), o único cisne verdadeiro do continente sul-americano e um dos mais bonitos do mundo, constituindo a grande estrela da avifauna do Taim. Outras espécies também ameaçadas de extinção são o coscoroba (Coscoroba coscoroba), os Dendrocygna (iererês e outros), o marrecão da Patagônia (Neta peposaca), os socós (Trigrisonia spp), o tachã (Chauna torquata), a garça-branca-grande (Casmerodis a/bus) e muitos outros. Entre os mamíferos estão presentes a nutria ou ratão-do-banhado (Myocastor coypus) que sofreu uma perseguição intensa devido ao valor da sua pele, o tuco-tuco (Atenomys flamarioni), a capivara (Hydrochoereus hydrochoereus). O cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) foi encontrado no Taim, porém no início do século foi extinto devido a ações predatórias do homem.

Por ser o banhado um dos últimos remanescentes desse tipo de ecossistemas, a Estação Ecológica do Taim tem valor especial para estudos ecológicos.

A Estação conta com toda uma infra-estrutura para o desenvolvimento de pesquisas. Não é permitida a visitação pública com o objetivo de lazer, porém para atividades de Educação Ambiental é estimulada e/ou promovida. 

A flora e a fauna tornam o Banhado do Taim uma das relíquias ecológicas brasileiras. A região abriga grande diversidade ambas, cujo valor científico, medicinal e econômico corre o risco de desaparecer com a degradação do seu habitat, antes mesmo que tenhamos conhecimento de muita de suas funções na natureza. Além de seus habitantes fixos, a região recebe todos os anos aves migratórias vindas das distâncias ártica e antártica. Já foram lá observadas 210 espécies de aves, entre as quais poderíamos destacar o marrecão da Patagônia, as garças, os marrecos, os mergulhões, o tachã, a maria-preta, o socó, a perdiz, a ema, o maçarico, as batuíras, as gaivotas, o flamingo, o colhereiro, o joão grande, o cabeça-seca, o cardeal do banhado, os gaviões e falcões, o quero-quero, a capororoca (ou coscoroba) e, claro, o belo cisne do pescoço preto, ave símbolo da região e que lá encontra um de seus últimos locais de nidificação protegidos no Brasil. 

Entre os mamíferos, destacam-se o ratão do banhado, a capivara, a lontra, os gatos-do-mato, o tuco-tuco, o gambá, a guaiquica, o tatu, o mão-pelada, o zorrilho, o preá, o furão, e o rato do campo. Entre os répteis, o jacaré-do-papo amarelo, as tartarugas, a lagartixa de praia, os sapos e as cobras. Entre os peixes são encontrados o peixe-rei, a traíra, o jundiá e muitos outros. A flora é representada pelo junco (sair pus alifornicus), que domina a maior parte do banhado, onde também destacam-se a táboa e os aguapés. As figueiras e corticeiras, com suas barbas-de-pau, orquídeas e bromélias dominam os campos e dunas, onde também existem o cravo do mato, a aroeira, o gerivá, e o araçazeiro, entre centenas de outras espécies. 

A população do Taim concentra-se ao longo da BR-471, em povoados como a Vila do Taim, e nas grandes propriedades conhecidas como granjas. No interior da região, a densidade demográfica é pequena concentrada em pequenas e médias propriedades rurais e acampamentos de pescadores. A infra-estrutura básica conta com uma subestação de energia elétrica, quatro escolas de 1º grau, dois postos médicos, um posto da Brigada militar, a sede do IBAMA na Estação Ecológica do Taim e um posto de fiscalização municipal do ICMS. A atividade econômica básica das grandes propriedades é a agricultura, associada à criação de bovinos, eqüinos e ovinos, destacando-se a orizicultura, que atrai a mão de obra local para atividades dedicam-se à pecuária de corte, além da ocasional produção de arroz direta ou indireta, através de arrendamento das terras. A pequena propriedade sobrevive da pecuária extensiva de corte, servindo como fonte de mão de obra para orizicultura. Além da agricultura e da pecuária, o reflorestamento, a atividade madeireira e a pesca são outras atividades econômicas da região. A caça, embora ilegal, serve como complemento de renda para uma parcela da população, sendo destinada à alimentação e ao comércio da carne da capivara e de aves, além da exploração da pele do ratão do banhado. 

A população concentrada na Vila do Taim é composta basicamente por pescadores, com um histórico progresso de intensa atividade de caça, tanto para o sustento como para comercialização. Por isto, a população da vila foi extremamente afetada com a implantação da Estação e a intensificação da atividade fiscalizadora do Poder Público, vendo seu nível de qualidade de vida despencas a índices precários.

Poucos pescadores ainda tiram sustento da lagoa Mirim. A vila agora abriga, em sua maioria, funcionários das granjas vizinhas.






As capivaras vivem em grupos familiares que podem chegar a 20 indivíduos ou mais. Geralmente, o grupo é composto por um macho dominante, várias fêmeas adultas com filhotes e outros machos subordinados. Os machos têm uma grande glândula sebácea sobre a cabeça, que utilizam para demarcar sua dominância através do cheiro. São encontradas próximo da água, em florestas ao longo de rios e em lagoas. As capivaras alimentam-se de grama e também de vegetação aquática. Quando estão em perigo, as capivaras mergulham dentro d'água e nadam sob a superfície até escapar. São excelentes nadadoras e podem permanecer submergidas por vários minutos.
No Pantretal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais perturbadas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantretal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos da Embrapa Pantretal indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantretal.
capivara é parente próxima dos ratos, preás e coelhos, mas é o maior roedor do mundo e basta ela abrir a boca para se perceber que o animal nasceu realmente para roer.
A capivara tem um jeitão de dentuça, com grandes incisivos fortes e amarelos com os quais rói seu alimento, espigas de milho e raízes, principalmente.
Como todo roedor, a fêmea tem muitos filhotes e por isso a capivara não está ameaçada, ao contrário, há tantas, que muitos fazendeiros pedem às autoridades ambientais para que sejam autorizados a matar as capivaras que invadem e estragam suas roças, mas a caça continua proibida. A resposta do Ibama é que os fazendeiros cerquem as plantações para a capivara não entrar e em alguns casos os agricultores já conseguiram que o seguro pagasse o estrago feito por elas.
Não é todo mundo que tem raiva da capivara, entretanto. Há alguns anos a criação em cativeiro desse animal foi bem estudada em universidades paulistas, e atualmente há várias criações comercias que estão tendo bastante sucesso. Nesse caso, os animais podem ter a carne e o couro comercializados.
A criação de capivaras em cativeiro, repovoamento, para carne e couro é realmente fácil. A maior exigência é a da água, usada em banhos constantes. Portanto, antes de começar a criação, é preciso construir os tanques. As capivaras gostam de água corrente. Em último caso, use outro tipo de água, mas troque-a com freqüência, pois é preciso que esteja sempre limpa. Para criar capivaras é preciso de uma autorização do IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) e registro de criador para fins científicos e comerciais.
A carne de capivaras é saborosa, magra, de bom valor nutricional e de baixo custo de produção, quando comparada com outros animais. A carne tem textura semelhante a do porco e valor protéico similar ao da carne de coelho. Pode ser consumida cozida, assada, frita, defumada sob a forma de salsicha, lingüiça e charque. A carne da capivara é muito consumida na Venezuela, sendo apreciada principalmente seca ou em lingüiça.
O couro é usado para canos de botas e calçados, sendo comercializado clandestinamente na Amazônia e em Mato Grosso, apesar de ser proibido por lei. É permitido o comércio de peles de capivaras criadas em cativeiro, desde que acompanhado pelo IBDF.
O óleo da capivara é também aproveitado, sendo considerado um "santo remédio" pelos povos do interior. No Piauí por exemplo, é usado para cura da tuberculose. Em Alagoas, é ótimo em esfregão sobre o nervo ciático (as dores). Atualmente, é comercializado em boticas e lojas de ervas, sendo procurado para tratamento de pele e rejuvenescimento.
Capivara é um nome de origem tupi, que significa comedor de capim (caapii-uara). Portanto, como o próprio nome indica, a capivara é um herbívoro, por excelência, que se alimenta de capins em geral, embora aceitem raízes, milho, mandioca, cana-de-açúcar, bananas verdes e talos de bananeira, aguapé, samambaia, sal, peixes aquáticos etc. Elas utilizam melhor a forragem e os concentrados de coelhos e ovinos, pois possuem grande capacidade digestiva. O estômago digere 10% dos alimentos, o intestino delgado, 3%, o ceco, 74%, e o intestino grosso 13%.
Então agora fiquem chocados:
Na travessia do Taim contei mais de 20 capivaras mortas no acostamento, é terrível um animal que pode chegar aos 100 quilos mortos atropelados, ainda mais inchados pelos gases que produzem na decomposição.
A estrada tem inúmeras travessias  subterrâneas para passarem ao outro lado da estrada, mas, como vimos no texto extraído do Portal São Francisco, as capivaras podem ser tornar exclusivamente noturnas, e a noite todas capivaras são invisíveis.
Vou agora mostrar uma capivara que tem seus hábitos extremamente diversos das anteriores, sue nome:

Barrigudo







No Chuí, Aduana Uruguaia:

Quando do ingresso no Uruguai, na Aduana, fui atendido por um funcionário calmo, correto, falando pausado, bastante frio.

Acho o Uruguai tem um cheiro próprio, cheiro de lenha queimada para aquecios e mento.

Tudo certo, peguei os documentos e fui para a motocicleta, um outro funcionário me seguiu, pensei - Que quer?

Perguntou se tinha eletrônicos de uso, disse ter um computador fabricado no Brasil e uma câmara e um GPS usados, disse haver perdido um MP4 na viagem.
Perguntou-me da documentação, então vi que era uma questão de propina, disse toda documentação haver sido examinada e aprovada por seu colega.
Perguntou se a documentação do veículo era em meu nome e novamente respondi que sim e que ela havia sido examinada e aprovada pelo seu colega.
Percebi então em um carro parado atrás propaganda da "Carta Verde",seguro para automotores.
Veio então a pergunta - Tens a Carta Verde?
As duas outras recentes vezes que fui ao Uruguai de motocicleta me explicaram para motos pequenas não exigiam, embora fosse recomendado.
Respondi ter sim a Carta Verde, e, caso pedisse para ver iria apresentar o Certificado de Propriedade da motocicleta que é verde, e ingenuamente diria pensar ser aquilo a Carta Verde .
Enfim, tudo bem, frio,,,,,, 


Abastecida a motocicleta, R$ 3,70 o litro, mas 95 octanas.


















Comentários

  1. Aproveite sua viagem pois o que importa são os momentos que vivemos e o que você viu ninguém pode tirar fica gravado pra sempre,durma e bem e não esqueça de comer direito,beijokas da Clarissa e minhas.

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    1. Não acredita o tamanho da bolha de meu pé, andei desde as 11 horas, literalmente pisando em dinheiro....

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