As imagens mais célebres

Desde o surgimento da câmera fotográfica há mais de 200 anos, até a popularização das câmeras digitais, o registro da história da humanidade tem se tornado mais amplo. São imagens que marcaram conflitos, épocas e estilos, que vão desde o século 19 até os dias atuais. Todas elas têm uma grande história por trás e refletem as mudanças da humanidade, observam nosso estilo de vida, registram guerras, conquistas e desastres. Veja quais são as fotografias que marcaram o mundo.

Erguendo a Bandeira em Iwo Jima


No último ano da Segunda Guerra Mundial, foi travada a Batalha de Iwo Jima entre os Estados Unidos e o Japão. A intenção americana ao invadir a ilha era obter a localização estratégica para o reabastecimento das tropas norte-americanas no avanço até o Japão. Após a vitória, os EUA passaram a controlar o local. A imagem do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos hasteando a bandeira no Monte Suribachi é certamente a mais famosa dessa batalha. Feita pelo famoso fotógrafo Joe Rosenthal em 23 de fevereiro de 1945, a foto foi a primeira a ganhar um prêmio Pulitzer, sendo rapidamente adotada pela cultura popular 



Campo de Batalha da Guerra Civil Americana


A Guerra Civil dos Estados Unidos da América ocorreu entre 1861 e 1865 e colocou em lados opostos o sul e o norte daquele país. A imagem, feita por Timothy H. O'Sullivan em 1863, mostra corpos de soldados mortos na sangrenta Batalha de Gettysburg, que foi o combate com o maior número de vítimas na Guerra Civil americana, levando o Exército Confederado à segunda invasão do Norte. Nessa época, as imagens de guerra ainda não eram comuns, o que chocou os americanos que puderam ver o terror das mortes no campo de batalha.


O avião 14 Bis levantando voo

No começo do século 20, o inventor brasileiro Alberto Santos Dumont concluiu a construção de seu avião 14 Bis e com ele alçou voo, fazendo deste o primeiro objeto mais pesado que o ar a voar sem a ajuda de impulsos externos. Santos Dumont ergueu seu avião pela primeira vez em 23 de outubro de 1906, nos campos de Bagatelle, em Paris, fazendo com que o imenso público que ali estava ficasse boquiaberto. O episódio foi amplamente divulgado, com grande admiração em todo o mundo. As fotografias tiradas no dia serviram de registro para que todos os jornais noticiassem o feito.


Dia da Vitória na Times Square

O beijo marca o Dia da Vitória em 14 de agosto de 1945, quando foi oficializada a rendição japonesa, sinalizando o final da Segunda Guerra Mundial. O fotógrafo Alfred Eisenstaedt tirou a famosa fotografia de um marinheiro norte-americano beijando uma jovem enfermeira na Times Square em Nova York. A fotografia foi publicada uma semana mais tarde pela revista americana Life, em uma série de 12 páginas chamada "Victory", que contava com fotografias de celebrações por toda o país. A mulher foi identificada mais tarde, na década de 1970, como Edith Shain, porém a identidade do marinheiro continua desconhecida


Che Guevara, Guerrilheiro Heroico

O famoso retrato de Che Guevara, intitulado Guerrilheiro Heroico, foi tirado em 5 de março de 1960 em Havana, Cuba. Guevara participava de um memorial às vítimas de uma explosão de barco, quando foi fotografado por Alberto Korda. Embora Korda tivesse tirado a fotografia, a imagem foi amplamente difundida através da estampa criada pelo artista Jim Fitzpatrick. Institutos, museus e pesquisadores assumem que o retrato de Guevara é a mais famosa fotografia do mundo e um símbolo do século 20. Além disso, admitem que a imagem de Korda reaparece sempre quando há um conflito, transformada em um idioma ao redor do mundo.


Os Beatles na Abbey Road

Os Beatles se juntaram nos estúdios da Abbey Road, em Londres, na quente manhã de 8 de agosto de 1969 para uma de suas mais famosas sessões fotográficas. O fotógrafo Iain Macmillan clicou a famosa imagem que estampa a capa do último disco gravado pela banda, Abbey Road. Macmillan era amigo de John Lennon e Yoko Ono. Os Beatles atravessaram a rua algumas enquanto eram fotografados. Pouco tempo depois da sessão, McCartney olhou os negativos e escolheu a quinta imagem para a capa do disco. Em maio de 2012, uma das imagens foi leiloada em Londres por mais de R$ 50 mil.





O protesto do Monge

Em 11 de junho de 1963, Thich Quang Duc, um monge budista vietnamita, ateou fogo ao próprio corpo e queimou até a morte em uma rua movimentada no centro de Ho Chi Minh (antiga Saigon). Sua intenção era chamar a atenção para as políticas repressivas do governo do então Vietnã do Sul. Enquanto queimava, o monge não se mexeu. Durante seu suicídio, Thich Quang Duc foi fotografado por Malcolm Browne, e sua foto viria a ser premiada com o Pulitzer. Essa imagem também serviu de capa para um disco da banda norte americana Rage Against the Machine.


O desastre do Hindenburg

O desastre do Hindenburg ocorreu em 6 de maio de 1937, quando o gigantesco dirigível alemão pegou fogo e foi destruído durante uma tentativa de pouso na base naval de Lakehurst (Lakehurst Naval Air Station), em Nova Jersey, nos Estados Unidos. No momento do incêndio, o Hindenburg contava com 97 ocupantes a bordo, vindos da Alemanha, dos quais 35 morreram. O desastre foi assunto de uma espetacular cobertura jornalística. O fotógrafo Sam Shere clicou uma das mais icônicas imagens do incêndio. O incidente abalou a confiança do público nos gigantescos dirigíveis e marcou o fim da era dessas aeronaves.

Rebelde desconhecido


Popularmente conhecido como O Homem dos Tanques ou Rebelde Desconhecido, este misterioso homem tornou-se famoso em todo o mundo após o fotografo Jeff Widener registrá-lo em pé, frente a uma coluna de tanques chineses durante os protestos na Praça da Paz Celestial em Pequim, no dia 5 de junho de 1989, forçando-os a parar. Os protestos contra o governo chinês cresceram quando diferentes grupos vieram à Praça da Paz Celestial com uma vasta gama de questionamentos. O governo chinês declarou lei marcial e a infantaria e os tanques do Exército Popular de Libertação foram enviados para tomar o controle da cidade.


Menina afegã

Sharbat Gula tinha 12 anos quando foi fotografada pelo jornalista Steve McCurry durante uma reportagem para a revista National Geographic, publicada em junho de 1985. Quando foi fotografada, a menina afegã vivia como refugiada no Paquistão durante a ocupação soviética no Afeganistão. A "Garota Afegã" foi formalmente reconhecida apenas em 2002, quando o fotógrafo e jornalista Steve McCurry se reencontrou com ela, então com 30 anos de idade, em uma região remota do Afeganistão. Ela lembrou do fotógrafo porque foi o primeiro a tirar uma foto sua. A fotografia é popularmente conhecida como "a Mona Lisa Afegã".


Einstein mostrando a língua

Em 14 de março de 1951, data de seu aniversário de 72 anos, o fotógrafo Arthur Sasse tentava convencer o professor Albert Einstein a sorrir para uma foto. Após ter sorrido para inúmeras imagens naquele mesmo dia, o cientista preferiu mostrar a língua para o fotógrafo. O resultado é uma das imagens mais conhecidas de Einstein. O cientista aprovou a foto e pediu nove cópias dela. Após autografar uma das imagens, ele a presenteou a um repórter. Em 19 de junho de 2009, a imagem assinada foi leiloada por mais de US$ 70 mil.


Almoço no topo de um arranha-céu

Almoço no topo de um arranha-céu é uma famosa fotografia em preto e branco tirada durante a construção de um edifício na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. A imagem mostra oito homens sentados a 256 metros de altura e sem nenhuma proteção, fato que foi ligado à Grande Depressão, quando as pessoas estavam dispostas a aceitar qualquer trabalho, mesmo que tivessem que abrir mão da própria segurança. A partir de 2003, a fotografia passou a ser creditada a Charles C. Ebbets e teria sido feita em 20 de setembro de 1932.


Jovem segurando uma flor

Uma fotografia tirada por Marc Riboud em 21 de outubro de 1967 está entre as mais celebradas imagens contra a violência. Feita na capital dos Estados Unidos, onde milhares de ativistas se reuniam em frente ao Pentágono para protestar contra o envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã, a imagem mostra uma jovem, Jan Rose Kasmir, com uma flor nas mãos e um olhar gentil, em pé frente a vários soldados armados que formavam uma barreira contra os protestantes. Jan permaneceu anônima até que jornalistas conduziram uma investigação para descobrir a identidade da protagonista da imagem.

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