Falanstério do Saí

Falanstério do Saí ou Colônia Industrial do Saí foi uma comunidade experimental intencional fourierista formada em 1842 por colonosfranceses às margens da Baía de Babitonga, próximo à atual cidade histórica de São Francisco do Sul, no sul do Brasil.



Primeira fundação

A iniciativa foi em grande medida arquitetada pelo farmacêutico Benoit Jules Mure que inspirado pela proposta do filósofo francês Francois Marie Charles Fourier trabalhou arduamente para a constituição da então Colônia Industrial do Saí.

Mure conseguiu o apoio de um coronel local de nome Oliveira Camacho e do então presidente da Província de Santa Catarina, Antero Ferreira de Brito. Este apoio foi-lhe fundamental para posteriormente conseguir a ajuda financeira do Governo Imperial do Brasil para seu projeto.

Em pouco tempo no entanto, surgiram dissidências entre os colonos chegados da França, e um grupo, à frente do qual estava Michel Derrion, constituiu outra colônia a algumas léguas do Saí, num lugar chamado Palmital: a Colônia do Palmital, hoje Vila da Glória.

No mesmo ano chegava uma nova leva de 117 pessoas resultando em maiores divergências e conflitos. Dos recém-chegados, uns reembarcaram e outros dispersaram-se e só ficaram 4 no Palmital e 28 no Saí, destes, 14 indecisos. Continuaram as desavenças, de modo que em 1843 só existiam no Saí 9 dos antigos colonos, sem estabelecimento fixo. Em 1864 só existia uma família com 6 pessoas, podendo considerar-se a colônia extinta.















































































































Refundação

Em 1857 houve uma nova tentativa de colonização do Saí, por um negociante de sobrenome Flores, do Rio de Janeiro, que ali a restabeleceu com alguns colonos portugueses. A finalidade do estabelecimento era mais comercial que experimental, pois, ocupava-se naquele tempo, da compra de gêneros para exportação, beneficiamento de arroz e construção naval. Os colonos eram quase na totalidade carpinteiros, pedreiros, contratados por prazos fixos, findo os quais, retiravam-se para onde melhores vantagens se lhes oferecessem.

Nesta época haviam entrado para o estabelecimento 45 pessoas e destas existiam por fim 29 e mais seis jornaleiros e 5 escravos. Deste tempo em diante nenhuma referência fazem mais os documentos oficiais a respeito deste pequeno núcleo, considerando-se, portanto, como inteiramente extinto.

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