Ataques já atingiram onze cidades de Santa ??? Catarina


Cristiano Estrela/ Diário Catarinense / Após ataques, ônibus terão escolta policialApós ataques, ônibus terão escolta policial

Um suspeito de tentar atear fogo em um ônibus na tarde de ontem em Itapema (64 km de Florianópolis) morreu após ter sido atingido numa troca de tiros com a polícia. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no fim da tarde. A onda de violência já atinge onze cidades do estado – Florianópolis, São José, Palhoça, Tijucas, Gaspar, Navegantes, Itajaí, Blumenau, Criciúma, Balneário Cam­­boriú e Itapema.
O ataque ao ônibus aconteceu por volta das 16h30. O suspeito estava de moto com outra pessoa, que conseguiu fugir. Esta é a primeira morte divulgada desde o início da onda de ataques em Santa Catarina.
Pelo terceiro dia consecutivo, ônibus do transporte coletivo e bases da polícia sofreram ataques criminosos no estado. Desde segunda-feira, segundo a Polícia Militar, foram registrados ao menos 36 ataques e duas manifestações – quando moradores incendiaram caçambas de lixo e jogaram pedras em casas, na parte continental de Florianópolis. Até agora foram detidas 58 pessoas para serem ouvidas e, destas, 31 foram presas. A PM não informou quantas continuam presas.
Na manhã de ontem, em Itajaí (93 km de Florianópolis), o mecânico Marcelo Lima viu quando um ônibus começou a pegar fogo em frente à casa da mãe dele. “As chamas estavam mais na parte de trás do ônibus, mas fiquei com medo de pegar fogo em tudo”, afirma. Por isso, ele entrou no ônibus e dirigiu por alguns metros até parar o coletivo em um terreno baldio.
Na capital, Florianópolis, moradores do bairro Ingleses viveram mais uma noite de pânico. Um ônibus foi incendiado em frente a uma igreja, que estava lotada. O incêndio bloqueou a porta principal da igreja, e os fieis tiveram dificuldade para sair do local, segundo a polícia. Ninguém ficou ferido. Por causa dos ataques, ônibus coletivos de Santa Catarina, em regiões atingidas pela violência, passarão a sair de terminais e garagens em comboios e escoltados por carros da polícia, a pedido das empresas.

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