María de Buenos Aires





María de Buenos Aires é um espetáculo teatral o primero no género de ópera-tango ("operita") de Ástor Piazzolla. Foi estreada na Sala Planeta em Buenos Aires em 8 de maio de 1968. Olibreto foi escrito por Horacio Ferrer.

María de Buenos Aires é uma ópera em duas partes, com 8 canções cada uma. A obra têm um texto complexo, com laivos surrealistas, em certos momentos místico e esotérico, noutros popular e brejeiro, noutros ainda erudito e ocidental, segue sempre o fio condutor da vida e morte de María em Buenos Aires. Abundam estereótipos e personagens típicos de Buenos Aires, bem como cenas do quotidiano da capital argentina. O enredo surreal sobre umaprostituta; a segunda metade tem lugar após a sua morte. Os personagens incluem María (e, após sua morte, a sombra de María), um poeta narrador que é também um duende, vários marionetes sob seu controle, e um circo de psicanalistas . Vários elementos do libreto a sugerir paralelos entre Maria e Maria, a mãe de Jesus ou para o próprio Jesus


Trata-se de uma ópera em duas partes que, com marca surrealista, narra a vida e a morte de uma moça dos subúrbios portenhos que se traslada ao centro da cidade, conhece o tango e se transforma em prostituta. Este ofício leva a lidar com ladrões e “madames”, que a levam a uma escura morte. Sua sombra é condenada a deambular pela avenida Corrientes, epicentro dos cinemas e teatros da cidade de Buenos Aires.




Ástor Pantaleón Piazzolla (Mar del Plata11 de março de 1921 — Buenos Aires4 de julhode 1992) foi um bandeonista e compositor argentino.

Compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, estudou harmonia emúsica erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger, que foi aluna de Sergei Rachmaninoff. Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo.

Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do Jazz em sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.

Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de fato tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina.

Piazzola deixou uma discografia invejável, tendo gravado com Gary BurtonTom Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz.

Algumas de suas composições mais famosas são Libertango e Adiós NoninoLibertango é uma das mais conhecidas, sendo que esta e constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.

A canção Adiós Nonino, outra das mais conhecidas composições, foi feita em homenagem a seu pai, quando este estava no leito de morte, Vicente “Nonino” Piazzolla em 1959. Após vinte anos, Astor Piazzola diria “Talvez eu estivesse rodeado de anjos. Foi a mais bela melodia que escrevi e não sei se alguma vez farei melhor.” Por muito tempo recusou escrever ou encaixar textos a sua grande obra-prima, porém, aceitou a proposta da cantora argentina Eladia Blásquez que lhe apresentou um poema que havia escrito soba a versão musical, e ele, comovido, concordou. Insta consignar que Eladia renunciou qualquer direito autoral, enaltecendo ainda mais a grande obra do tango.


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