O baton, a cueca e o bode expiatório........

Quanto á mancha de baton na cueca não existem explicações, são evidências, todas as explicações ainda mais chamarão para o fato do baton estar na cueca, em outras palavras, "quanto mais mexe mais fede".

O bode é diferente:

A expressão bode expiatório tem a sua origem no ritual judeu do Livro dos Levíticos, em que Aarão ao pôr as mãos sobre a cabeça de um bode transmite para este animal todos os pecados do povo de Israel.

 Vemos em Levítico 16 o seguinte:

Falou o Senhor a Moisés, depois da morte dos dois filhos de Arão, que morreram quando se chegaram diante do Senhor.
Disse, pois, o Senhor a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre em todo tempo no lugar santo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque aparecerei na nuvem sobre o propiciatório.
Com isto entrará Arão no lugar santo: com um novilho, para oferta pelo pecado, e um carneiro para holocausto.
E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto.
Depois Arão oferecerá o novilho da oferta pelo pecado, o qual será para ele, e fará expiação por si e pela sua casa.
Também tomará os dois bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da revelação.
E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma pelo Senhor, e a outra por Azazel.
Então apresentará o bode sobre o qual cair a sorte pelo Senhor, e o oferecerá como oferta pelo pecado;
mas o bode sobre que cair a sorte para Azazel será posto vivo perante o Senhor, para fazer expiação com ele a fim de enviá-lo ao deserto para Azazel.

 As palavras bode expiatório fazem hoje parte da nossa linguagem comum e são aplicadas em qualquer situação em que um inocente é responsabilizado por uma culpa que não tem.

Uma das características principais dos bodes expiatórios, quer sejam grupos de pessoas ou indivíduos, é a falta de poder, ou seja, a sua incapacidade de lutar por meios legais ou violentos relativamente àqueles que os oprimem e de, paralelamente, já sofrerem alguma forma de marginalização pela sociedade onde estão inseridos.

Uma outra característica é a incapacidade de o grupo dominante compreender as razões reais e profundas do seu descontentamento, sendo mais fácil e simples canalizar as suas frustrações para os outros, só porque estes são diferentes.

Estes bodes expiatórios evitam análises mais profundas, e eventualmente dolorosas sobre os fundamentos e as verdadeiras razões dos problemas, não os resolvendo e adiando-os indefinidamente.
Porque não são nunca resolvidos, eles voltam ciclicamente a afetar as sociedades que escolhem os mesmos ou novos bodes expiatórios, já que sempre que há uma pessoa, grupo ou etnia diferente, é caracterizado por um estereótipo que normalmente se torna o "gatilho" que despoleta a canalização da agressão.

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