Câmara de Curitiba abre CPI contra vereador

Possível candidato a vice-prefeito de Curitiba em 2012 e presidente da Câmara dos Vereadores há 14 anos, o vereador João Cláudio Derosso (PSDB) será alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Casa para investigar um contrato de publicidade que sua mulher firmou com a Câmara.

O contrato, assinado em 2006, tinha duração prevista de um ano, mas foi prorrogado e se estendeu por cinco anos, sendo encerrado em maio. No total, a mulher de Derosso recebeu R$ 5,1 milhões da Câmara.

As denúncias contra o vereador esquentam o clima na disputa pela Prefeitura de Curitiba, que é dominada pelo mesmo grupo político há 22 anos.

Derosso é aliado do ex-prefeito e atual governador Beto Richa (PSDB), que tenta emplacar seu antigo vice e atual prefeito, Luciano Ducci (PSB), na disputa. O vereador era cotado como vice de Ducci.

A CPI para investigar os contratos foi instalada nesta terça-feira (16), depois de três semanas de negociação e muita pressão popular. Manifestantes chegaram a marcar presença nas sessões da Câmara pedindo a renúncia de Derosso.

PREFEITURA

Os tucanos têm travado uma disputa interna em Curitiba para definir a chapa governista para a prefeitura --o que já causou uma baixa no partido. O ex-deputado Gustavo Fruet deixou o PSDB em julho por não encontrar espaço para se lançar prefeito.

Nos bastidores, comenta-se que os ataques a Derosso tenham origem em "fogo amigo", em mais um capítulo do racha tucano.

Além da CPI, o Ministério Público e o TCE (Tribunal de Contas do Estado) estão investigando os contratos de publicidade. Todas as contas da Câmara na gestão de Derosso foram aprovadas pelo TCE.

Derosso nega irregularidades e diz estar sendo vítima de uma "inquisição". Ele não tem dado entrevistas, por orientação de seu advogado.

Desde que as denúncias estouraram, o vereador só compareceu a duas sessões da Câmara --de uma delas, saiu na metade, sem falar com jornalistas, pelas escadas de incêndio.

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