Correios


Correios


Em Curitiba, parte dos 4 mil metros quadrados da sede central dos Correios, popularmente conhecida como “Correio velho”, abrigará o Museu Nacional da Poesia Paulo Leminski, que centralizará o material disponível sobre o poeta, trará outros nomes da poesia nacional e deve ser interativo, nos moldes do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

O prédio, inaugurado em 1934, está subutilizado desde 1998, com a mudança da sede para a Rua João Negrão. Desde então, o local abriga somente o atendimento aos clientes no térreo e utiliza poucas salas para guardar materiais ou separar uniformes antigos, que são destinados para projetos sociais.

O diretor regional dos Correios no Paraná, Areovaldo Alves de Figueiredo, afirma que, em 15 dias, será assinado um termo de compromisso entre os Correios e o Ibram para a cessão do espaço. A partir de então, começa o planejamento do museu, com detalhes como o tamanho, espaço ocupado dentro da agência e a tecnologia necessária. Junto com a montagem do espaço, os Correios iniciarão, ainda neste semestre, a revitalização do prédio na Praça Santos Andrade, que custará R$ 4 milhões – verba da própria instituição. Além de refazer toda a parte elétrica e hidráulica, já que o local sofre com infiltrações, a ideia é dar funcionalidade ao espaço, mantendo a agência e os serviços de Correios, mas abrigando o museu; há também a intenção de abrir um café.

A obra vai retomar o terraço original, em cima da agência – que será aberto para visitação –, a fachada e uma cúpula de vidro que foi cimentada nos anos 80. Serão mantidas as características originais do prédio, como o piso no térreo e o mármore dos corrimões das escadas. Além do museu, uma das salas poderá ser usada para abrigar um cinema.“Coversamos com a Fundação Cultural [de Curitiba] e deixamos o local aberto para outras ideias”, diz o diretor.

Inicialmente, com o projeto do restauro, veio a intenção de fazer um museu, mas somente com material dos Correios. “Vimos que a poesia tem muito a ver com a carta e que fazer um museu estático seria limitado. O novo espaço vai ajudar a trazer uma nova dinâmica para o centro, que hoje quase não tem opções culturais”, salienta Figueiredo.

A expectativa é de que as obras de restauração do prédio tenham início em novembro, com duração de 12 meses, e que o museu seja inaugurado, no máximo, até 2013, ano que os Correios completam 350 anos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

10 tipos mais conhecidos de tortura utilizados durante o Regime Militar

Boa Sorte, Merda ou Quebre a Perna?

Barquinho pop-pop