Rubin "Hurricane" Carter







Em junho de 1966, Rubin "Hurricane" Carter era um forte candidato ao título mundial de boxe. Entretanto, os sonhos de Carter vão por água abaixo quando três pessoas são assassinadas num bar em Nova Jersey. Indo para casa em seu carro e passando perto do local do crime, Carter é erroneamente preso como um dos assassinos e condenado à prisão perpétua. Anos mais tarde, Carter publica um memorial, chamado "The 16th round", em que conta todo o caso. O livro inspira um adolescente do Brooklyn e três ativistas canadenses a juntarem forças com Carter para lutar por sua inocência.

Elenco:
Denzel Washington (Rubin "Hurricane" Carter)
Vicellous Reon Shannon (Lesra Martin)
Deborah Unger (Lisa Peters)
Liev Schreiber (Sam Chaiton)
John Hannah (Terry Swinton)
Informações Técnicas

Título Original: The Hurricane
País de Origem: EUA
Gênero: Drama / Biografia / Esporte
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento: 1999
Direção: Norman Jewison





Rubin "Hurricane" Carter (6 de maio de 1937 - ) foi um boxeador peso médio estadounidense no período entre 1961 e 1966, conhecido por travar uma longa disputa judicial ao ser preso por assassinato.

Hurricane foi surpreendido pela polícia quando andava de carro com amigos, sendo preso por um crime do qual anos mais tarde seria inocentado. Na prisão viu sua carreira de boxeador ir por água abaixo, sendo que era o favorito ao cinturão de Peso Médio do ano de 1966, isso aos 29 anos de idade. Junto com seu amigo John Artis foi condenado pelo homicídio de três pessoas em um bar da cidade. Duas testemunhas no local do crime confirmaram os dois como os autores do triplo assassinato (porém há suspeita de perseguição racial). Artis passou 15 anos na cadeia antes de obter sua liberdade. Rubin Carter fica preso até 1985, quando graças à retirada do processo e a anulação da pena, é solto.
Quase trinta anos depois, em 1993, recebeu o Cinturão de Campeão de Peso Médio do Boxe. O episódio foi eternizado na música Hurricane, de Bob Dylan.
Também há um filme sobre sua vida chamado The Hurricane, protagonizado por Denzel Washington, numa antológica versão adaptada ao cinema.




O drama de Hurricane inspirou uma das mais belas canções de Dylan

Em 1974, uma cópia do livro autobiográfico do lutador de boxe Rubin Hurricane Carter chegou às mãos de Bob Dylan. O cantor e compositor já acompanhava o caso desde a década de 60, participando de pelo menos duas manifestações contra a decisão judicial, mas foi o depoimento do condenado que balançou Dylan a ponto de inspirar uma canção.E que canção. Faixa do álbum Desire, para muita gente o melhor disco de Dylan nos anos 70, Hurricane é longa narrativa sobre a prisão e a condenação do lutador, defendendo sua inocência.
A letra, que tem 99 versos, conta o que aconteceu, mantendo um olhar crítico sobre os depoimentos de Alfred Bello e Arthur Dexter Bradley, as testemunhas que deram a base de sustentação para a sentença imposta a Rubin Carter. A citação dos nomes das testemunhas na letra da música deixou de cabelo em pé os executivos da CBS, gravadora de Dylan. O receio de algum processo contra a empresa resultou na contratação de um perito que teve a missão de confrontar a letra da música com os depoimentos das testemunhas e as transcrições do julgamento.
Depois disso, a gravadora pediu a Dylan que alterasse seis versos, para que eles seguissem a versão oficial do caso. A letra original contava que Arthur Bradley disse aos policiais que estava no local naquela noite para ver o que poderia roubar, mas Dylan tirou a citação da boca da testemunha e colocou um verso dizendo que Bello e Bradley estavam lá para ver o que estava rolando. Outro verso modificado é a frase atribuída a Patty Valentine, que encontrou os corpos das vítimas. No original de Dylan, ela olhava para o barman e gritava: Meu Deus! Eles mataram meu amorzinho. Na nova versão, ficou Meu Deus, todos estão mortos, porque os advogados de Carter não conseguiram provar que ela e o barman namoravam.
Apesar de sua forte aura de contestador, Dylan aceitou passivamente as orientações da gravadora porque não queria correr o risco de uma briga que o fizesse devolver o adiantamento recebido pelo disco. As finanças do cantor não estavam em boa situação na época. Dylan escreveu a canção em parceria com Jacques Levy, grande nome do teatro Broadway e off-Broadway nos anos 70 e 80. Um dos maiores sucessos que escreveu também estourou no Brasil, o badalado Oh! Calcutá!.
Amigo de Dylan e de outros roqueiros – Byrds, Eagles, Bruce Springsteen–, Levy acabaria escrevendo parte de muitas letras de Desire e por pouco não convenceu Dylan a mudar seus planos. Levy chegou a achar que a história de Rubin Carter renderia um grande musical e tentou convencer Dylan a escrever as canções de Hurricane, a ópera-rock. No entanto, Dylan achou que Levy poderia transformar tudo num grande circo e desistiu, concentrando seus esforços na canção, uma das mais contundentes de sua longa carreira.





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